O Ironman Brasil em Florianópolis é uma prova na qual diversos atletas brasileiros fazem sua estréia nesta distância. Com a competição se aproximando, um assunto que geralmente é esquecido na época dos treinos, mas de grande importância, é a logística das transições, e como proceder durante esta fase de seu primeiro Ironman.
Como regra geral, quanto mais rápido for o atleta, maior a importância da transição em seu resultado geral, pois cada minuto pode significar aquele lugar no pódio ou uma vaga para Kona. A transição também pode fazer parte da estratégia da prova, como descansar no início do ciclismo até que um grupo lhe ultrapasse em um ritmo que você consiga acompanhar.
Porém, se tratando de atletas iniciantes, a transição tem um impacto no sentido oposto. Uma transição rápida pode resultar em tempo perdido durante o ciclismo ou a corrida, caso você venha ter problemas com o material utilizado. Geralmente, o desconforto é a principal causa desse problema. Bolhas, assaduras, dores, tudo pode ser evitado com planejamento e cuidado.
Confira abaixo algumas dicas e considerações que fazem parte das transições 1 e 2 em um Ironman para iniciantes ou para atletas que nunca se preocuparam com isso.
Transição 1:
Um fato importante é a liberação ou não da roupa de neoprene. Caso liberada, ela permite que o atleta utilize o material de ciclismo por debaixo da roupa, o que não seria possível sem o neoprene, pois os bolsos presentes nos macaquinhos de triathlon não são velozes para a parte da natação, segurando bastante o atleta na água.
Porém, devido a temperatura ambiente, é preciso ter cuidado com o fato de que nadar com sua camisa de triathlon ou macaquinho vai significar passar bastante frio no início do ciclismo, um fato importante a se considerar. Trata-se de algo bem individual em relação ao quão prejudicial isso pode ser. Alguns atletas não se importam, enquanto outros são forçados a abandonar a prova devido à hipotermia.
Em relação a que tipo de roupa utilizar, sugiro seguir o que faz nos treinos, ou seja, bermuda e camisa de ciclismo, o conforto da bermuda e a comodidade de bolsos na camisa, vale a pena em uma prova tão longa.
Transição 2:
Troque-se totalmente, correr em roupas frescas é extremamente mais confortável, e de certa maneira faz o atleta se sentir bem melhor do que utilizar o mesmo uniforme para toda a prova. Corra com o mesmo material que é utilizado em seus longos de corrida, mesmo tênis, short e camiseta, não utilize nada novo no dia da prova. Meias secas também são fundamentais para evitar bolhas, que literalmente podem lhe parar na corrida dependendo da gravidade.
Uma outra dica que irá lhe economizar alguns segundos, mas sem deixar de lhe oferecer tudo o que precisa fazer na transição, é utilizar uma sacola plástica dentro da sacola de transição, onde você pode colocar diversos itens soltos que seria preciso organizar de forma individualmente dentro da transição. Itens como vaselina, gel, óculos de sol, boné, cápsulas de sal, número, e qualquer outro tipo de material de tamanho pequeno, que seja possível de ser trabalhando enquanto você corre.
Visualização
Tenha exatamente em mente o que você irá fazer na transição. Organize sua sacola de tal maneira para facilitar a ordem deste processo. Por exemplo, todo o material que você irá guardar ou vestir primeiro, é colocado por último na sacola.
Além disso, nos minutos finais das disciplinas anteriores, faça um processo de visualização da transição, assim que estiver perto da areia na natação, já visualize todo o processo ocorrendo de forma natural e eficiente, sem pressa, porém sem perda de tempo. Faça o mesmo nos quilômetros finais do ciclismo.
E lembre-se, segundos salvos na transição, podem significar minutos (ou horas!) perdidos durante a prova.
Bons treinos,
Por Vinicius Santana – ironguides coach
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